(Foto: Reprodução/Internet)
O filme ‘90 Decibéis’ emocionou o público durante o Festival do Rio, onde teve uma sessão cheia. Agora, está se espalhando por eventos de cinema importantes, tanto nacionais quanto internacionais. A obra será exibida na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e no Festival du Film Brésilien de Montréal.
Na Mostra de São Paulo, o longa terá duas exibições: no dia 18 de outubro, às 19h55, no Espaço Petrobras de Cinema, e no dia 24 de outubro, às 16h50, no Reserva Cultural. Em Montréal, as sessões estão programadas para os dias 24 de outubro, às 16h15, e 30 de outubro, às 17h00, no Cinema du Parc.
Escrita e criada por Julia Spadaccini, a direção ficou a cargo de Fellipe Barbosa. O filme conta com a atuação de Benedita Casé Zerbini, que faz sua estreia como atriz em uma história que fala sobre a surdez, uma vivência que a própria autora passou. Isso dá um toque especial à narrativa.
Um detalhe importante é que 90% do elenco é formado por pessoas com deficiência e mães atípicas. Entre os atores, temos nomes conhecidos, como Stefano Carta, Maurício Destri e Leandro Ramos. O longa também traz participações especiais, como Isabel Filardis e Bel Kutner. Isso mostra a diversidade de corpos no cinema brasileiro.
A trama gira em torno de Ana, interpretada por Benedita Casé Zerbini, uma advogada que enfrenta a notícia de que vai perder a audição completamente. Essa situação a força a se reinventar e buscar um novo sentido para sua vida. O filme nos convida a refletir sobre pertencimento e empatia, principalmente em uma sociedade que ainda é marcada por preconceito em relação às pessoas com deficiência.
A produção de ‘90 Decibéis’ está sob a responsabilidade do Núcleo de Filmes dos Estúdios Globo, com Julia Spadaccini como autora e Fellipe Barbosa na direção. Mauricio Quaresma e Raphael Cavaco são os produtores, enquanto José Luiz Villamarim cuida da supervisão artística.
Esse filme promete uma experiência emocionante, abordando temas profundos e relevantes. A história de Ana, sua luta e transformação, convida todos a entender melhor a realidade das pessoas com deficiência e a importância da inclusão. O longa se destaca por sua sensibilidade e representatividade.
Estar presente em festivais de cinema é um reconhecimento importante para o filme e sua equipe. É uma oportunidade de levar essa mensagem a um público maior, mostrando que histórias como a de Ana são necessárias e devem ser contadas. O cinema pode ser uma ferramenta poderosa para promover empatia e compreensão.
As exibições em São Paulo e Montreal são momentos esperados, já que o público poderá ter acesso a essa obra que une emoção e um importante recado social. Ao longo do filme, o espectador verá não apenas o sofrimento, mas também a força e a resiliência da protagonista.
A ideia do filme é mostrar que a surdez não é um fim, mas uma nova forma de viver. Através da vivência de Ana, ‘90 Decibéis’ toca na importância do apoio, da adaptação, e da descoberta de novas formas de se comunicar. A nova escuta que a protagonista encontra transmite esperança e uma nova perspectiva sobre a vida.
O envolvimento de pessoas com deficiência no elenco e na produção é fundamental. Isso garante que a história seja contada de maneira autêntica e respeitosa, onde as experiências e desafios são representados de maneira verdadeira e sensível. O filme busca afastar estigmas e abrir espaço para diálogos sobre inclusão e diversidade.
Além das questões pessoais que Ana enfrenta, a história convida a uma reflexão sobre a sociedade em geral. As barreiras que as pessoas enfrentam a partir de preconceitos são muitas, e esse filme busca desafiar esses estigmas. Mostrar a realidade de forma franca permite que outras pessoas se vejam representadas e acolhidas.
O festival em Montréal é uma etapa importante, pois promove o cinema brasileiro em um cenário internacional. A participação em eventos como esse é vital para dar visibilidade a obras que contam histórias diversas e que muitas vezes não têm espaço nas telas tradicionais.
A jornada de ‘90 Decibéis’ é também uma celebração da força da comunidade. A união das pessoas com experiências semelhantes é reflexo de que ninguém precisa enfrentar os desafios sozinho. A coletividade é uma fonte de força e apoio, mostrando que o caminho pode ser mais leve juntos.
Todo o elenco e equipe estão engajados em fazer com que o filme provoque reações e reflexões. As diversas histórias de vida que compõem o filme trazem autenticidade e inspiração, mostrando que a arte pode mudar vidas. O filme tem tudo para ser um divisor de águas no cinema nacional.
Os diretores e criadores de ‘90 Decibéis’ quiseram garantir que a sensibilidade do tema fosse abordada de forma cuidadosa. É essencial falar sobre a surdez como uma experiência válida e rica, não como uma limitação. Isso ajuda na construção de uma narrativa que respeita e valoriza cada vivência.
A repercussão do filme já começa a acontecer e promete conversas profundas sobre os temas levantados. Cada exibição é uma oportunidade de discutir a inclusão e a empatia, elementos necessários para um convívio mais justo e solidário.
Por fim, ‘90 Decibéis’ é um projeto que não só entretém, mas educa e sensibiliza. A obra é um convite a enxergar o mundo através dos olhos de quem vive experiências diferentes, promovendo um cinema que se importa e que quer fazer a diferença. Uma produção que certamente ficará na memória de quem a assistir.
A expectativa é que o filme se espalhe cada vez mais, chinesando fronteiras e sendo visto por todos. Essa é uma chance de levar uma mensagem de esperança e transformação, mostrando que juntos podemos construir um mundo melhor e mais inclusivo.