A postectomia, também chamada de circuncisão, é o nome técnico do procedimento que corrige a fimose. Ela remove o excesso de pele do prepúcio para expor a glande do pênis de forma adequada.
Na infância, essa condição é comum e costuma regredir sozinha em muitos casos. Quando não há melhora e surgem sintomas, o médico pode indicar a intervenção.
Trata-se de um procedimento cirúrgico ambulatorial, de curta duração. Em geral dura entre 30 e 60 minutos, com alta no mesmo dia e baixa taxa de complicações quando feito por especialista.
Neste artigo você encontrará nomes, indicações, passo a passo, tipos de anestesia, tempo de recuperação e cuidados no pós-operatório. Haverá orientações práticas para pais e responsáveis sobre conforto infantil e retorno às atividades.
O que é a cirurgia de fimose e quais nomes ela recebe
Postectomia e circuncisão são termos que se referem ao mesmo ato: a retirada cirúrgica do prepúcio, a pele que cobre a glande. O objetivo é resolver o estreitamento que impede a exposição completa da cabeça do pênis.
Postectomia vs. circuncisão
Os dois termos são equivalentes. Postectomia é o nome técnico; circuncisão é o termo popular. Ambos descrevem a remoção do excesso de pele para aliviar a dificuldade de exposição.
O que é a condição e como o prepúcio e a glande se relacionam
Fimose é o estreitamento do anel do prepúcio que impede a glande de ficar totalmente à mostra. O prepúcio protege a glande, mas quando muito apertado causa problemas.
- Forma fisiológica: comum na infância por aderências entre prepúcio e glande; geralmente melhora com o tempo.
- Forma patológica: surge por inflamação, traumas ou infecções de repetição e exige avaliação médica.
- Sintomas que pedem atenção: dor ao urinar, inchaço, acúmulo de esmegma e infecções locais.
Boa higiene da região reduz o risco de balanopostite e cicatrizes. Em meninos, a observação clínica acompanha a evolução; se a condição não ceder, o manejo cirúrgico é discutido.
Qual nome da cirurgia de fimose e por que ela é indicada
A indicação cirúrgica ocorre quando a restrição no prepúcio causa sintomas persistentes que alteram a rotina do paciente.
A postectomia é recomendada em situações específicas. Entre elas estão a fimose com dor ou dificuldade para urinar e episódios repetidos de balanopostite.
- Parafimose: emergência que exige correção definitiva para evitar comprometimento vascular da glande.
- Infecções recorrentes ou infecções urinárias associadas que não melhoram com tratamento conservador.
- Desconforto contínuo que prejudica o bem-estar e a rotina do paciente.
Muitos casos são acompanhados até os 5–6 anos; contudo, se houver infecção ou inflamação de repetição, a indicação pode ocorrer antes.
A decisão é individualizada e tomada após consulta com médico especialista. Graveza, frequência dos episódios e impacto na qualidade de vida influenciam o momento do tratamento.
Oriente familiares a registrar sintomas e ocorrências. Esses dados ajudam na avaliação clínica e na definição do momento adequado para a postectomia.
Como funciona o procedimento cirúrgico passo a passo
O procedimento segue etapas bem definidas, desde a consulta inicial até a alta no mesmo dia. A avaliação é clínica e feita por uropediatra ou urologista.
Avaliação e diagnóstico
Na consulta o médico recolhe histórico e faz exame físico. Verifica a exposição da glande e busca sinais de inflamação ou infecção ativa antes de programar a intervenção.
Tipos de anestesia e preparo
A cirurgia pode ocorrer com anestesia geral ou anestesia local, por bloqueio regional em alguns casos. A escolha prioriza segurança e conforto do paciente.
Antes do ato operatório, a área recebe antissepsia rigorosa e posicionamento adequado para manter campo estéril.
Técnicas de remoção do prepúcio
- Incisão convencional: retirada do excesso, fechamento com pontos absorvíveis; tempo médio ≈ 30 minutos.
- Dispositivo (anel plástico): comprime e cai após dias; procedimento rápido, cerca de 10 minutos.
- Objetivo: remoção precisa que preserve estruturas e evite lesão da glande do pênis.
Duração, alta e orientações iniciais
O tempo varia com técnica e idade (10–60 minutos). Concluído o procedimento cirúrgico, a alta costuma ocorrer no mesmo dia.
O dr. Edmo Dutra recomenda instruções claras sobre curativo, higiene suave e controle da dor no uso diário após a alta.
Recuperação, cuidados e possíveis riscos após a postectomia
Nos dias logo após o procedimento, medidas práticas ajudam a controlar dor e evitar complicações. O paciente pode apresentar inchaço e desconforto ao urinar; analgésicos prescritos são úteis para manter o conforto.
Cuidados em casa: higiene, pomadas, curativo e controle da dor
Mantenha higiene suave da região: lave com água morna e seque com batidinhas, sem fricção. Troque curativos conforme instrução do cirurgião.
Use pomadas antibióticas ou cicatrizantes somente se houver indicação médica. O uso de analgésicos segue a prescrição para reduzir dor e desconforto.
Atividades a evitar, tempo de cicatrização e retorno às rotinas
Evite atividades físicas, brincadeiras de impacto e esportes por cerca de 30 dias. O retorno escolar costuma ser possível em torno de 8 dias, se não houver dor intensa.
A cicatrização varia entre 10 e 30 dias; pontos geralmente são absorvíveis e caem sozinhos. Não manipule a região na primeira semana para reduzir risco de fissuras.
Sinais de alerta e complicações: infecção, sangramento e inflamação
Procure reavaliação se aparecer febre, sangramento que não cessa, secreção purulenta, dor desproporcional ou inflamação marcada. Esses sinais podem indicar infecções ou outras complicações.
Siga as orientações do cirurgião, compareça às revisões marcadas e não interrompa cuidados antes do tempo indicado. Isso reduz risco e melhora a recuperação.
- Higiene suave e proteção da glande contra atrito;
- Uso de pomadas e antissépticos só com recomendação;
- Repouso relativo e evitar esportes por ~30 dias;
- Reavaliação imediata ao notar febre, sangramento ou secreção.
Conclusão
A remoção controlada do prepúcio oferece melhora na higiene, reduz infecções e traz conforto funcional ao pênis. A postectomia é o procedimento indicado quando sintomas persistem e medidas conservadoras não solucionam o problema.
A escolha do tratamento é individualizada. Em muitos casos a condição pode regredir, porém dor, dificuldade para urinar ou inflamação repetida tornam a intervenção necessária. Técnicas variam entre incisão com pontos e uso de anel; a anestesia pode ser geral ou local, conforme a idade e o cenário.
A recuperação costuma ser rápida quando os cuidados pós-operatórios são seguidos. Procure o dr. uropediatra ou urologista para avaliação e agende consulta. Se houver sinais de infecção, sangramento ou dor fora do esperado, entre em contato imediatamente.

