O urologista é o especialista responsável pela avaliação da próstata e do trato urinário. Ele cuida tanto do diagnóstico quanto do tratamento e da prevenção de condições que afetam essa glândula.
No Brasil, o câncer da próstata tem alta incidência e campanhas como o Novembro Azul reforçam a importância do acompanhamento periódico. A consulta com o urologista costuma iniciar pela anamnese e pelo exame físico.
Além da avaliação local, o profissional solicita exames complementares, como PSA e toque retal, quando indicado. O objetivo deste guia é explicar quem procurar, quais procedimentos existem, quando começar o acompanhamento e como se preparar.
A decisão pelo rastreamento é compartilhada entre paciente e especialista, levando em conta histórico, fatores de risco e metas de prevenção. O diagnóstico precoce aumenta chances de tratamento eficaz e preservação da qualidade de vida.
Por que o exame da próstata importa para a saúde do homem no Brasil
No Brasil, o impacto do câncer próstata transforma o acompanhamento clínico em prioridade de saúde pública.
Em 2018 foram quase 70 mil novos casos, número que mostra a dimensão do problema entre homens. Campanhas como Novembro Azul ampliaram a conscientização e reduziram barreiras culturais à avaliação.
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor que tende a sofrer alterações com a idade. Por isso, a avaliação regular ajuda a identificar doenças cedo e a orientar tipos de tratamento menos invasivos.
- Detecção precoce diminui mortalidade e limita sequelas.
- Rastreamento combina idade, histórico familiar e outros fatores.
- O dr. urologista define a necessidade de PSA e toque conforme o risco.
- Manter um histórico atualizado melhora a avaliação ao longo dos anos.
A prevenção é coletiva: políticas públicas e campanhas aumentam a procura por cuidados e melhoram a adesão às recomendações médicas.
qual o nome do médico que faz exame de próstata
A atuação do urologista engloba desde exames de rotina até cirurgias da próstata. Esse especialista avalia o sistema reprodutor masculino e o trato urinário, incluindo rins, bexiga e uretra.
Urologista: o especialista da próstata e do sistema urinário
O urologista é o profissional formado para realizar diagnóstico, solicitar exames e definir tratamento. Atua em consultório, interpreta exames laboratoriais e de imagem e realiza procedimentos minimamente invasivos e cirúrgicos.
Quando procurar um urologista: primeiros check-ups e acompanhamento
Recomenda-se a primeira consulta em fases importantes da vida: adolescência, início da atividade sexual e, especialmente, após os 45 anos.
- Avaliação preventiva para detectar hiperplasia, prostatite ou sinais de câncer.
- Consulta inclui anamnese, exame físico e, se necessário, toque e exames complementares.
- Procurar cedo favorece diagnóstico oportuno e evita progressão de doenças silenciosas.
O que o urologista cuida além da próstata
O cuidado urológico abrange várias estruturas: rins, bexiga, uretra e órgãos masculinos. A próstata é uma parte importante, mas o alcance do especialista é bem maior.
Trato urinário: rins, bexiga, uretra e glândulas suprarrenais
O urologista avalia problemas na bexiga e nos rins, como cálculos renais e infecções. Tratamentos para bexiga hiperativa, incontinência e cistites fazem parte da rotina.
As glândulas suprarrenais podem influenciar hormônios essenciais. Em algumas condições, essas glândulas entram no radar do especialista por afetarem o equilíbrio hormonal.
Sistema reprodutor masculino: pênis, testículos e função sexual
O atendimento inclui queixas sobre função sexual, infertilidade e tumores dos testículos ou do pênis. Distúrbios sexuais e infertilidade exigem avaliação integrada com o sistema urinário.
- Mapeamento anatômico e funcional do trato urinário e reprodutor.
- Principais doenças: infecções, cálculos, bexiga hiperativa e tumores.
- Atuação pediátrica em enurese, refluxo vesicoureteral e malformações.
- Coordenação de exames de imagem e laboratoriais para diagnóstico e tratamento.
Exames de próstata: como são feitos e para que servem
A investigação da próstata envolve procedimentos rápidos e exames de imagem específicos. Cada teste tem função complementar para reduzir dúvidas e orientar condutas clínicas.
Toque retal: avaliação rápida da glândula
O toque retal é um procedimento curto realizado com luva e lubrificante. O profissional palpa o formato, tamanho e consistência da glândula.
Procura-se nódulos, áreas endurecidas e assimetrias. É seguro, de baixa dor e dá informação imediata ao diagnóstico.
PSA no sangue: marcador para rastrear alterações
O PSA é coletado por via venosa e quantifica o antígeno prostático específico. Valores elevados podem indicar aumento da glândula, inflamação ou suspeita de câncer.
A interpretação considera idade, volume prostático e resultados do toque. O marcador sozinho não confirma o diagnóstico.
Ultrassom transretal: imagem para detectar lesões
O ultrassom usa uma sonda introduzida no reto para gerar imagens detalhadas. Pode haver preparo com laxante e ingestão de água.
Gera imagens que ajudam a localizar áreas suspeitas para biópsia e avaliar volume prostático.
Biópsia: confirmação diagnóstica e agressividade
Indicada quando há suspeita persistente. Coleta amostras com agulha sob anestesia local ou sedação.
As lâminas vão ao laboratório para confirmar câncer e determinar grau de agressividade. Esse resultado é essencial para planejar o tratamento.
- Além desses, solicitam-se análise de urina, creatinina/uréia e exames de imagem como tomografia ou ressonância.
- A combinação de testes aumenta a precisão e reduz falso-negativos.
- Resultados anormais exigem correlação clínica e, às vezes, repetição ou métodos adicionais.
O plano terapêutico depende do diagnóstico confirmado e do estadiamento obtido com essa bateria de exames.
Quando começar: idade, histórico familiar e periodicidade dos exames
Decidir quando iniciar o acompanhamento preventivo envolve idade, histórico familiar e fatores individuais. A conversa inicial com o urologista ajuda a definir a necessidade de PSA e do exame toque retal.
Para homens sem fatores de risco, recomenda‑se iniciar a partir dos 45 anos. Nessa fase, paciente e especialista decidem juntos sobre os exames.
Homens a partir dos 45 anos sem fatores de risco
A periodicidade varia conforme avaliação clínica. Pode ser anual ou até a cada quatro anos, dependendo do risco individual.
A partir dos 40 anos com histórico familiar ou inflamação prévia
Se houver histórico familiar de câncer ou inflamações prévias, o acompanhamento costuma começar aos 40 anos. Isso aumenta as chances de detecção precoce.
- Manter registro detalhado de saúde pessoal e familiar orienta a prevenção.
- O PSA e o exame de reto podem ser alternados ou combinados conforme achados.
- Sintomas urinários, comorbidades e medicamentos podem antecipar avaliações.
- Comunicação clara entre paciente e urologista ajusta a estratégia ao longo dos anos.
Como se preparar e o que esperar na consulta com o urologista
A preparação torna a consulta mais objetiva e produtiva. Leve documentos, exames prévios e uma lista de medicamentos em uso.
Coleta de histórico, queixas e medicamentos
Na primeira avaliação o dr. pergunta sobre histórico familiar e pessoal. Ele registra cirurgias, medicações e sintomas atuais.
Relate sinais urinários ou sexuais. Isso ajuda no diagnóstico e na escolha do melhor tratamento.
Exame físico: abdômen, pélvica e toque quando indicado
O exame inclui inspeção do abdômen e da região pélvica. O toque retal no reto é realizado apenas se necessário.
O procedimento é rápido e informa sobre tamanho e consistência da glândula. O toque contribui para o plano clínico.
Solicitação de exames e retorno
O dr. pode pedir PSA no sangue, análise de urina, creatinina/uréia e exames de imagem conforme a suspeita.
Alguns testes exigem preparo prévio. O retorno presencial costuma ser indicado para discutir resultados e definir conduta.
- Leve lista de medicamentos, exames anteriores e histórico familiar.
- Entenda que o exame físico pode incluir avaliação abdominal e pélvica; o toque é feito se indicado.
- Exames comuns: PSA (sangue), urina, creatinina/uréia e imagens conforme necessidade.
- Teleconsulta pode revisar resultados, mas o retorno presencial é recomendado quando houver intervenção.
Sinais de alerta que exigem avaliação urológica
Quando o padrão urinário muda, é hora de procurar orientação especializada. Em muitos casos, problemas iniciais não doem, por isso o rastreamento é fundamental.
Vontade frequente de urinar à noite; dor ou ardor ao urinar
Noctúria — levantar várias vezes à noite — pode indicar alterações na próstata ou outras condições. Ardência ou dor ao urinar também são sinais que não devem ser ignorados.
Sangue na urina ou no sêmen e outras alterações
Presença de sangue na urina ou no sêmen exige avaliação rápida. Alterações no jato, urgência, gotejamento e dor pélvica também merecem atenção.
- Registre quando ocorrem os sintomas e quantas vezes por dia ou por semana.
- Sintomas recorrentes ou que pioram ao longo do tempo demandam consulta urgente.
- Evite automedicação: ela pode mascarar sinais e atrasar o diagnóstico.
- A prevenção de complicações depende do diagnóstico precoce, especialmente em casos com fatores de risco.
- O urologista é o especialista indicado para diferenciar problemas benignos de câncer próstata.
Conclusão
A detecção precoce transforma o prognóstico e amplia opções de tratamento menos agressivos. O urologista é o especialista indicado para conduzir prevenção, diagnóstico e tratamento da próstata, com consultas, PSA, toque retal, ultrassom e biópsia quando necessário.
Recomenda‑se iniciar a conversa sobre rastreamento a partir dos 45 anos ou aos 40 em caso de histórico familiar. Agir na idade certa preserva qualidade de vida e aumenta chances de terapias mais conservadoras.
Procure avaliação diante de sinais de alerta e evite automedicação. A decisão sobre exames deve ser compartilhada, considerando fatores pessoais e preferências.
Informação e proatividade são essenciais. Agende uma consulta com o especialista para avaliar riscos e traçar um plano personalizado.