O relato dos evangelhos sinóticos apresenta uma história impactante sobre um homem possesso na região de Gerasa/Gadara, na Decápolis. Marcos 5 e Lucas 8 descrevem sua vida isolada entre sepulcros e a transformação radical após o encontro com Jesus.
Os textos dizem que os espíritos se identificaram como “Legião”, termo que indica agrupamento demoníaco e não um nome humano. Depois da libertação, o homem apareceu vestido, em juízo e pronto para testemunhar o que o Senhor fizera.
Esta introdução responde diretamente qual era o nome do endemoninhado gadareno e contextualiza o episódio no mundo greco‑romano. Nas seções seguintes, vamos explorar por que os evangelhos não registram um nome próprio e o impacto missional da restauração desse homem.
Qual era o nome do endemoninhado gadareno?
Nos evangelhos, o homem atormentado é identificado principalmente pelo lugar onde vivia, e não por um nome pessoal.
Os textos não registram um nome humano. Em Marcos 5:9, a resposta foi “Legião”, palavra que revela a presença de muitos demônios e não a identidade do indivíduo.
O relato sublinha o contraste entre sua vida entre sepulcros e a nova condição. Lucas 8:35 mostra que, depois da libertação, o homem apareceu assentado, vestido e em perfeito juízo.
- A narrativa foca na autoridade do Senhor Jesus sobre as forças das trevas e na restauração do homem.
- A ausência do nome torna a história paradigmática: qualquer pessoa pode se ver alcançada pela misericórdia.
- Jesus orienta o homem a voltar e anunciar as grandes coisas que Deus fez, transformando vergonha em testemunho.
A história bíblica: do meio dos sepulcros ao encontro com o Senhor Jesus
O episódio narra a passagem de um homem isolado entre sepulcros até o encontro que muda sua existência.
Vida entre sepulcros: o relato mostra um homem separado da comunidade. Ele gritava, se feria com pedras e vivia num ciclo de autodestruição. Nem correntes nem cadeias seguravam sua violência, sinal de que o problema ia além do social.
O encontro com Jesus: autoridade sobre espíritos malignos
Ao ver o Senhor, o homem corre e se prostra. Os demônios reconhecem Jesus como “Filho do Deus Altíssimo” e pedem para não ser atormentados. A iniciativa é do Salvador; sua palavra ordena a saída dos espíritos e revela quem governa o mundo invisível.
A manada de porcos e o precipício no mar
Jesus permite que os espíritos entrem na manada de porcos. A manada se precipita e morre no mar, tornando visível o mal que antes estava oculto.
- O afogamento dos porcos expõe a destruição do mal e causa impacto econômico local.
- O antes endemoninhado aparece depois sentado, vestido e em perfeito juízo, símbolo de restauração completa.
- A narrativa liga ruína e esperança, mostrando o poder do encontro com Jesus.
Significados e lições: libertação, misericórdia e missão no mundo
O encontro entre Jesus e aquele homem inaugura um padrão de misericórdia que transforma vidas. A narrativa não só descreve um milagre, mas aponta princípios práticos para a comunidade.
“Legião” e identidade restaurada
“Legião” aparece como identificação dos demônios, não como nome do homem. Essa distinção mostra que a pessoa recupera sua verdadeira identidade após a libertação.
Da morte para a vida: mudança de endereço
A saída dos sepulcros simboliza a passagem da morte para a convivência social. Lucas registra o homem em perfeito juízo, sinal claro de sanidade e reconexão.
Volte para casa e conte: missão entre os seus
Jesus envia o homem de volta para a sua casa, iniciando ali o testemunho. A missão começa no lar e se irradia para a vizinhança, dizendo as coisas que o Senhor fez.
O Senhor sobre o mal: quando Ele chega, tudo muda
- A autoridade do Senhor mostra que demônios não têm a palavra final.
- A misericórdia reorienta o propósito do homem para ser mensageiro.
- Identidade, juízo e missão caminham juntas na experiência de restauração.
Aplicações para hoje: história que continua em nossa parte do mundo
A cena da libertação inspira ações concretas na comunidade. O padrão bíblico mostra que um encontro real com o Senhor transforma a vida de uma pessoa e repercute na casa e além.
Do encontro à pessoa transformada: testemunho que alcança cidades
Quando o homem foi enviado primeiro para a casa, o testemunho ganhou credibilidade. A coerência no lar valida a mensagem e facilita que as coisas que o Senhor operou cheguem às vizinhanças e às cidades da região.
Discernindo o mal e escolhendo a vida: juízo, graça e libertação contínua
A história dos porcos mostra publicamente a natureza destrutiva do mal. Discernir tendências culturais e escolhas diárias ajuda cada pessoa a evitar lugares de morte e abraçar hábitos que promovam vida, serviço e responsabilidade.
- Encontro transforma mente, afeto e comportamento.
- A casa é o primeiro campo missionário e sustenta o testemunho público.
- A comunidade aprende que libertação envolve juízo, graça e vigilância constante.
Conclusão
Quando o Senhor Jesus age, a narrativa vira testemunho público de libertação e restauração. A Bíblia não registra um nome humano; “Legião” revela que o problema era múltiplo e espiritual.
A cena da manada e dos porcos que se precipitam no mar ilustra o fim do mal e confirma a autoridade do Senhor diante dos espíritos. O homem retorna à casa e à vida em juízo, pronto para contar as coisas que Deus fez.
Essa história lembra que cada pessoa tem valor maior que perdas materiais. Ela nos convoca ao discernimento, à confiança e à missão onde vivemos.

