O exame de testosterona mede a quantidade desse hormônio no sangue para investigar queixas clínicas específicas. Ele pode constar como testosterona total ou como fração livre, ambas coletadas em amostra sanguínea.
Esse teste é indicado em homens com disfunção sexual, queda de libido ou problemas de fertilidade. Em mulheres, ajuda a avaliar sinais de excesso androgênico ou desejo sexual reduzido; em crianças, investiga alterações de puberdade.
A coleta deve ocorrer pela manhã, até duas horas após acordar, geralmente em jejum. Doenças agudas, alimentação, álcool, tabaco e suplementos podem alterar os níveis, por isso às vezes é preciso adiar a coleta.
Os resultados exigem interpretação médica, que considera sintomas, histórico e exames complementares. Há opção de atendimento domiciliar em redes como Delboni/Dasa, com os mesmos padrões de qualidade.
O que é a testosterona e por que medir seus níveis importa
A testosterona é um hormônio esteroide androgênico com ação sistêmica no corpo. Ela participa da regulação da massa muscular, da densidade óssea e do crescimento de pelos.
Essa produção ocorre principalmente nos testículos e, em menor grau, nos ovários. Parte também resulta da conversão periférica de androstenediona produzida nas adrenais.
A presença adequada desse hormônio é essencial para o desenvolvimento e a manutenção das funções reprodutivas, como espermatogênese e integridade dos tecidos reprodutivos. Em mulheres, tem papel relevante na função sexual e no bem‑estar geral.
- Medição sérica é indicada quando há alterações no crescimento, composição corporal ou desempenho sexual.
- A produção varia ao longo do dia, por isso a coleta matinal padroniza resultados.
- A avaliação integra outros hormônios para esclarecer quadros complexos e guiar tratamento.
Detectar níveis baixos ou altos não serve só para confirmar deficiência. Também ajuda a identificar excessos e suas causas, orientar condutas terapêuticas e prevenir consequências na saúde reprodutiva e metabólica.
qual nome do exame de testosterona
No pedido médico, a solicitação costuma aparecer como “Testosterona Total” ou “Testosterona Livre”.
Exame de testosterona total e testosterona livre
A testosterona total representa a quantidade somada das frações livre e ligada a proteínas de transporte. Esse valor dá uma visão global dos níveis circulantes.
A fração livre corresponde a cerca de 3% do total e traz a maior atividade biológica. Por isso, o médico pode pedir a livre quando há discordância entre sintomas e a testosterona total.
Outras denominações usadas no pedido médico e no laboratório
Laboratórios usam variações como “dosagem de testosterona” ou “andrógenos – testosterona”. Às vezes a metodologia aparece no laudo, mas o objetivo clínico permanece o mesmo.
- Pedidos comuns: Testosterona Total e Testosterona Livre, ambos parte do conjunto exame testosterona.
- Avaliação inicial em homens costuma iniciar pela testosterona total.
- Em mulheres e casos complexos, inclui-se a testosterona livre para melhor interpretação.
- Relatórios trazem a quantidade com valores de referência que variam por método e laboratório.
Confirme no pedido qual fração foi solicitada e, em dúvida, entre em contato com o laboratório. A interpretação dos níveis exige contexto clínico e orientação do médico.
Exame de testosterona total x livre: diferenças que impactam o diagnóstico
Nem todas as medidas laboratoriais refletem a mesma ação hormonal no corpo. A distinção entre as frações altera a interpretação clínica e as decisões terapêuticas.
Testosterona total
A testosterona total avalia o conjunto: a fração livre mais a parcela ligada proteínas como SHBG e albumina. Esse valor oferece uma visão global e costuma ser o primeiro passo na avaliação em homens.
Testosterona livre
A testosterona livre corresponde a cerca de 3% do total. Ela difunde-se às células e exerce maior ação biológica. Por isso, é útil quando há sintomas persistentes apesar de um total dentro da referência.
Ligada a proteínas de transporte
Alterações na SHBG modificam a fração livre mesmo sem mudança no total. Idade, doenças e medicamentos afetam essas proteínas e, assim, a função hormonal percebida no corpo.
- Testosterona total = medida global (livre + ligada proteínas).
- Testosterona livre = fração ativa que alcança as células.
- Casos práticos: total inicial em homens; livre decisiva em suspeita de excesso feminino.
- Em dúvida, métodos calculados ou dosagem direta da livre podem esclarecer o quadro.
A escolha do teste deve responder à pergunta clínica. A interpretação robusta integra sinais, histórico e dados laboratoriais para orientar intervenção precisa.
Quando o exame é indicado: homens, mulheres e crianças
A indicação para medir níveis hormonais surge sempre que sinais clínicos específicos levantam suspeita de alteração endócrina.
Homens
Procura-se avaliação em homens com disfunção erétil, infertilidade ou queda da libido. Esses sintomas podem indicar hipogonadismo.
Também se avalia para monitorar terapia de reposição, investigar tumores testiculares e para avaliação de saúde óssea.
Mulheres
Em mulheres, a investigação é indicada diante de sinais de excesso androgênico: hirsutismo, virilização e alterações menstruais.
Casos de síndrome dos ovários policísticos, tumores adrenais/gonadais ou desejo sexual hipoativo também justificam testes e exames complementares.
Crianças e adolescentes
Em crianças, o principal papel é diferenciar puberdade precoce de variações normais. Em meninos, investiga atraso puberal quando indicado.
A decisão integra história, exame físico e, quando necessário, exames de imagem para esclarecer a causa.
- Queixas masculinas que justificam investigação: disfunção erétil, infertilidade e queda da libido.
- Sinais femininos de excesso androgênico: hirsutismo, virilização e alterações menstruais.
- Na infância: distinguir puberdade precoce de atraso puberal e outras variações.
- Avaliação adicional: densidade óssea, monitoramento de reposição e suspeita de tumores produtores de hormônios.
Evite solicitar o teste apenas em check-up sem sinais claros. A presença de sintomas específicos é o gatilho para a investigação, sempre integrando história clínica e exame físico para definir se é melhor dosar total, livre ou ambos.
Como se preparar: horário da coleta, jejum e fatores que alteram os níveis
Pequenos cuidados nas horas que antecedem a coleta influenciam a precisão dos valores laboratoriais.
Melhor horário
Oriente marcar a coleta para até duas horas após acordar. Esse período padroniza a avaliação diante da variação circadiana da produção hormonal.
Jejum, estado prandial e suplementos
Prefira realizar em jejum quando solicitado. O estado prandial pode causar alterações momentâneas nos resultados.
Informe sempre sobre uso de suplementos e outras substâncias. Muitos produtos podem alterar a dosagem e afetar a interpretação.
Álcool, tabagismo e doenças agudas
Evite álcool e tabagismo nas 24 horas anteriores. Essas práticas promovem alterações transitórias nos níveis e na circulação.
Adie a coleta se houver infecção ou doença aguda. Nessas situações, a produção e os níveis podem ficar distorcidos.
Mulheres e rotina de sono
Mulheres devem considerar a fase do ciclo menstrual ao agendar a coleta. Isso melhora a comparabilidade entre resultados.
Mantenha horário e qualidade de sono regulares na noite anterior, pois o descanso influencia a dinâmica hormonal.
- Confirme tempo desde o despertar e jejum ao chegar ao serviço.
- Informe uso recente de suplementos e medicamentos.
- Adiar a coleta em caso de febre ou doença aguda favorece resultados fidedignos.
- Seguir as orientações reduz repetições desnecessárias do exame.
- Boa preparação facilita a comparação entre exames sequenciais.
Como o exame é feito: etapa a etapa da coleta de sangue
A coleta sanguínea segue protocolo padrão, do agendamento à emissão do laudo. Em redes como Delboni/Dasa é possível agendar atendimento domiciliar sem taxa de deslocamento.
Coleta domiciliar com segurança e praticidade
O processo inicia com cadastro e confirmação do preparo: jejum e horas desde o despertar. Informar quando acordou ajuda na interpretação dos resultados.
- Confirmação do preparo e documentos; checagem do pedido médico.
- Punção venosa rápida realizada por profissional treinado.
- Identificação correta da amostra e envio ao laboratório para análise.
A coleta é breve e feita por equipes que seguem protocolos para proteger o corpo do paciente e garantir a integridade das amostras. Manter-se hidratado e repousar levemente facilita encontrar veias difíceis.
O laudo fica disponível em ambiente digital para compartilhamento com o médico assistente. Prazos de liberação variam conforme metodologia e demanda.
Após a punção pode surgir leve desconforto ou hematoma local; compressão simples e cuidado local são suficientes. Levar documento e pedido evita erros na associação do exame ao histórico clínico.
Resultados e interpretação: quando a testosterona está baixa ou alta
Resultados laboratoriais refletem mais que números: eles precisam ser interpretados junto aos sinais e à história clínica.
Níveis baixos: sinais e investigação
Redução confirmada, repetida e bem preparada pode indicar hipogonadismo em homens. Isso exige avaliação do eixo hormonal e investigação das causas.
Em mulheres, a redução pode associar‑se a desejo sexual hipoativo. O diagnóstico é clínico e multidimensional, com a dosagem como complemento.
Níveis altos: causas e alertas
Aumento pode sinalizar puberdade precoce em crianças quando há sinais de desenvolvimento acelerado.
Tumores produtores, incluindo nos testículos e nas adrenais, também elevam valores e requerem investigação por imagem e marcadores.
Além disso, o uso exógeno — tópico ou injetável — altera artificialmente os níveis e dificulta a interpretação.
- Leia resultados à luz de sintomas, medicamentos e ciclo menstrual.
- Discrepâncias pedem repetição e dosagem da fração livre ou outros marcadores.
- Faixas de referência variam por método; prefira comparar laudos do mesmo laboratório.
- Procure acompanhamento médico para definir exames adicionais e metas terapêuticas individualizadas.
Por que não é exame de check-up: solicitação médica e riscos de reposição inadequada
A avaliação laboratorial isolada, sem quadro clínico claro, costuma gerar mais dúvidas do que respostas.
Não se recomenda dosar hormônio em check‑up rotineiro. Pedidos sem indicação clara aumentam o risco de interpretações equivocadas e de tratamentos hormonais desnecessários.
Só o médico, diante de sinais específicos como disfunção sexual, diminuição do desejo ou outros achados objetivos, deve solicitar exame testosterona. A análise precisa integrar história, exame físico e outros exames complementares.
- Dosagens feitas de forma aleatória podem mostrar alterações discretas sem relevância clínica.
- O uso indevido de testosterona pode suprimir o eixo hormonal e causar complicações metabólicas e reprodutivas.
- Queixas vagas como fadiga ou astenia pedem investigação ampla antes de considerar reposição.
Antes de tratar, reavalie sono, estresse, dieta e atividade física. Discuta expectativas com o médico para evitar medicalização de problemas não hormonais.
Quando há redução do desempenho sexual ou sinais claros, a abordagem estruturada e criteriosa protege o paciente de intervenções de risco.
Conclusão
Interpretar níveis exige método e contexto clínico. A avaliação pode medir testosterona total ou livre em amostra de sangue, preferencialmente nas primeiras horas após acordar e em jejum quando indicado.
Fatores como ciclo menstrual, suplementos e infecções alteram resultados e pedem atenção. A redução ou o aumento dos valores demanda investigação que considere sintomas, imagem e históricos.
Repetir a coleta no mesmo período do dia e, se possível, no mesmo laboratório, melhora a comparação. Há opção de coleta domiciliar com padrões de qualidade equivalentes.
Discuta o laudo com o profissional responsável para decidir exames complementares ou condutas. Um caminho criterioso, da preparação à interpretação, maximiza o valor clínico e evita intervenções inadequadas.