O termo popular explica um procedimento simples do pré-natal. Trata-se da cultura para Streptococcus agalactiae, do grupo B, feita para reduzir riscos no parto.
O teste detecta a presença da bactéria no canal genital e no reto. A coleta usa um swab indolor na vagina e no ânus. O resultado sai em 24–48 horas, às vezes até quatro dias úteis.
Identificar colonização materna ajuda a proteger o bebê. Quando positivo, a conduta é oferecer antibiótico durante o trabalho de parto. Assim, diminui a chance de infecção neonatal grave.
Nas próximas seções você verá quando fazer o exame cotonete, como interpretar resultados e por que a prevenção no final da gestação é estratégica para o recém-nascido.
O que é o “exame do cotonete” na gravidez e por que ele é importante
Durante o acompanhamento gestacional há um exame simples que avalia colonização bacteriana na mãe.
Ele usa uma cultura com swab vaginal e retal para identificar Streptococcus agalactiae, uma bactéria que pode viver no trato gastrointestinal, urinário e na vagina sem causar sintomas.
A finalidade é reduzir o risco de transmissão ao bebê no momento do parto. Se a cultura for positiva, a equipe planeja antibiótico intraparto para prevenir infecção neonatal precoce.
- Detecta Streptococcus do grupo B em gestantes.
- Previne complicações graves no recém-nascido, como sepse, pneumonia e meningite.
- É um procedimento rápido, seguro e de alto impacto na segurança perinatal.
- Não é considerada uma doença sexualmente transmissível; é parte do microbioma em algumas pessoas.
Quando fazer o exame: janela ideal e situações especiais
A escolha do momento da coleta impacta diretamente a utilidade do resultado para o parto. A recomendação padrão é colher entre a 35ª e a 37ª semana, quando a cultura representa melhor o status próximo ao nascimento.
Janela recomendada
Coletar entre 35–37 semanas reduz variações na colonização até o trabalho de parto. Isso ajuda a equipe a decidir sobre profilaxia intraparto com mais segurança.
Exceções
Se houver SGB detectado na urina durante a gestação, a mulher é considerada colonizada e recebe antibiótico no parto, mesmo sem repetir o exame.
Também se indica profilaxia sem novo teste quando houve um bebê anterior com infecção precoce por SGB.
Cesárea, bolsa rota e trabalho de parto
Em cesárea programada, sem trabalho de parto e sem bolsa rota, a profilaxia rotineira para SGB não é necessária. Ainda assim, recomenda-se a coleta nas 35–37 semanas, pois o parto pode iniciar antes do previsto.
- A coleta nessa janela otimiza decisões clínicas intraparto.
- Bolsa rota prolongada ou febre aumentam o risco e reforçam a indicação de profilaxia.
- Orientações ajustam-se a casos de baixo e alto risco entre gestantes.
qual o nome do exame do cotonete na gravidez
Há uma denominação técnica e outra popular para esse teste comum no pré-natal. O termo usado pelas maternidades e laboratórios é cultura para Streptococcus do grupo B, também chamada cultura para streptococcus agalactiae.
Termos usados
Na linguagem cotidiana muitas pessoas falam em exame cotonete porque a coleta usa um swab simples. No laudo, entretanto, aparece a nomenclatura técnica que orienta a conduta no parto.
É uma DST?
A presença bactéria por SGB não caracteriza infecção sexualmente transmissível. Trata‑se de colonização do intestino e do trato genital, comum e muitas vezes assintomática.
Tempo de resultado e variações
O resultado costuma ficar pronto entre 24 e 48 horas em vários serviços. Alguns laboratórios precisam de até 4 dias úteis para liberar a cultura.
- Nome técnico: cultura para Streptococcus do grupo B (streptococcus agalactiae).
- Popular: exame cotonete, pela forma de coleta.
- Resultado em horas ou dias, conforme o laboratório.
- Interpretação feita pelo obstetra para guiar a profilaxia intraparto.
Como é feito o exame: passo a passo da coleta e do envio ao laboratório
A coleta do swab segue passos simples que garantem segurança e precisão. Profissionais treinados realizam o procedimento em poucos minutos, com foco em conforto e privacidade.
Coleta com swab na vagina e no reto/ânus
Usa‑se um swab estéril para colher amostras da vagina e do reto/ânus. O gesto é rápido e, na maioria das vezes, indolor.
Essa técnica aumenta a chance de detectar a presença do SGB quando há colonização. Em seguida, os swabs são embalados de forma adequada.
Preparo e local: consultório ou laboratório
O exame pode ocorrer no consultório do obstetra ou no laboratório, conforme a rotina local. Não há preparo complexo.
Alguns serviços recomendam evitar duchas vaginais e relações sexuais nas 24 horas que antecedem a coleta.
- A coleta de amostras é realizada com swab estéril e enviada para cultura seletiva.
- O laboratório incuba as amostras em meio apropriado para observar crescimento.
- O laudo confirma a identificação como S. agalactiae quando há crescimento.
Interpretando o resultado e o que fazer em cada caso
Saber interpretar o resultado é essencial na admissão para o parto. O laudo orienta ações imediatas para reduzir o risco de infecção neonatal e proteger o recém‑nascido.
Resultado positivo
Se o resultado for positivo, a conduta é administrar antibiótico intravenoso durante trabalho de parto. A penicilina é a primeira escolha por sua eficácia na redução da infecção precoce no bebê.
Alergia à penicilina
Em caso de alergia grave, solicita‑se antibiograma para definir alternativas seguras. Outros antibióticos podem ser usados conforme sensibilidade e protocolo clínico.
Resultado negativo
Um resultado negativo reflete o momento da coleta. Falsos negativos e variação natural da colonização podem ocorrer.
Por isso, a equipe avalia sinais clínicos e fatores de risco antes de dispensar a profilaxia.
Quando decidir não testar
Em situações com fatores de risco intraparto — febre materna, bolsa rota prolongada ou parto prematuro — a indicação de antibiótico durante parto pode existir mesmo sem cultura positiva.
- Documentar o resultado exame no prontuário facilita ação rápida.
- Antibiótico administrado dias antes do parto não evita recolonização.
- A decisão equilibra risco e benefício para mãe e bebê.
Riscos, benefícios e impacto para o recém-nascido
Entender como a profilaxia afeta o bebê é essencial para decisões seguras no parto. A infecção por Streptococcus do grupo B de início precoce pode ser grave e exige atenção imediata.
Complicações possíveis
As principais complicações no recém-nascido incluem sepse, pneumonia e meningite.
Esses quadros geram instabilidade clínica nos primeiros dias de vida e podem levar a internação em UTI neonatal.
Prevenção: o que a profilaxia cobre
A administração de antibióticos intraparto reduz claramente o risco de infecções de início precoce, especialmente nas primeiras 24–48 horas.
Por outro lado, a prophylaxia não previne infecções de início tardio; por isso, a vigilância do bebê permanece necessária após o nascimento.
Efeitos adversos raros e microbioma
Reações graves à penicilina são raras; anafilaxia é muito incomum na prática clínica.
Antibióticos intraparto podem alterar o microbioma materno e do recém-nascido, reduzindo temporariamente a diversidade bacteriana.
- Complicações: sepse, pneumonia, meningite.
- Profilaxia reduz infecções precoces, não as tardias.
- Efeitos adversos graves são raros; impacto no microbioma é temporário.
- Protocolos claros e orientação à família melhoram desfechos do binômio.
Conclusão
Em poucas linhas, veja como a cultura realizada perto do termo orienta decisões no trabalho parto. O objetivo é reduzir o risco de infecção do bebê na passagem pelo canal de parto.
Fazer o exame entre a 35ª e a 37ª semana torna o resultado mais útil. A coleta com cotonete identifica se a bactéria está presente e informa a conduta na hora do parto.
Se o resultado for positivo, o tratamento é antibiótico intravenoso, geralmente com penicilina durante trabalho parto. Em alergia grave, um antibiograma define opções seguras.
Mesmo com resultado negativo, fatores de risco intraparto podem orientar a equipe. Converse com seu obstetra para alinhar o plano e garantir proteção ao bebê e à mãe.