
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=yXPWsdT43YE
O filme Avatar: Fogo e Cinzas vai ganhar uma divulgação especial no Rio de Janeiro. A ação, feita em parceria com o projeto Cinzas da Floresta, transforma uma parede de um prédio em um espaço que une cinema, arte e meio ambiente. Utilizam tintas feitas a partir de cinzas de incêndios florestais, coletadas em diferentes regiões do Brasil.
O projeto Cinzas da Floresta foi criado em 2021 pelo artista Mundano. Ele começou sua trajetória como brigadista voluntário em incêndios que afetaram a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal. Desde então, o coletivo tem feito murais e grafites com as cinzas resultantes do desmatamento, utilizando a arte como forma de protesto e mobilização social.
Nos últimos anos, o projeto já realizou diversas ações em cidades brasileiras e fez parcerias com várias organizações, buscando aumentar a conscientização sobre as queimadas e o desmatamento. Essa iniciativa é um chamado à ação para que todos façam a sua parte na preservação ambiental.

Empena da Varang, a nova vilã de Avatar: Fogo e Cinzas, aparece em um prédio no Rio de Janeiro (Créditos: Divulgação)
No mural carioca, a figura de Varang, uma nova personagem Na’Vi, é destaque. Ela é a líder do clã das cinzas e sua história está conectada à proposta do projeto. Essa união cria um laço entre a narrativa do filme e a realidade dramática dos biomas brasileiros que sofrem os efeitos das queimadas causadas pela exploração desenfreada.
Esse tema, que vem da franquia desde o primeiro filme, trata da relação de cuidado e responsabilidade com a natureza. A obra foi criada pelo coletivo Cinzas da Floresta, com a participação de artistas como Denys Evol, Snek e André, que colocaram suas mãos na pintura.
Mundano, o artista, afirma que a arte é uma poderosa ferramenta para tratar de questões importantes. Ele vê o projeto Cinzas da Floresta como uma resposta direta ao fogo das queimadas, destacando a importância de dialogar sobre a natureza e nosso papel nela. Para ele, usar cinzas como tinta é uma forma de fazer essa conexão com o público e lembrar da necessidade de preservar o meio ambiente.
Cinzas da Floresta tem como objetivo transformar os resíduos gerados pela destruição ambiental em formas de memória e ação coletiva. Desde que começou, o projeto já realizou mais de 10 intervenções em paredes e 12 murais, ocupando uma área de cerca de 4.800 metros quadrados em pelo menos 15 cidades do Brasil.
Além disso, o projeto colabora com brigadas voluntárias que combatem os incêndios. Os recursos adquiridos com suas obras e ações são usados para formar brigadistas, comprar equipamentos e fortalecer a Rede Nacional de Brigadas Voluntárias, que faz um trabalho importante na preservação dos biomas.
Juntamente com as intervenções urbanas, o coletivo também promove exposições e oficinas de pintura usando cinzas. Isso ajuda a aproximar o público da questão da destruição ambiental, mostrando como podemos criar algo novo a partir do que foi destruído.
A ideia central é transformar cinzas em uma forma de reflexão sobre a emergência climática e o que queremos para o futuro. A intenção é que essas experiências sejam uma forma de chamar a atenção para a importância da preservação ambiental e como todos podem contribuir para isso.
O tão aguardado Avatar: Fogo e Cinzas chega aos cinemas brasileiros no dia 18 de dezembro. Preparem-se para uma experiência que mistura ficção e consciência ambiental.

